quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O que é Adultério? qual a sua história? quais as suas causas?

União carnal entre homem e uma mulher, quando qualquer um dos dois é casado com uma terceiro pessoa. Implica,pois, numa violação de fidelidade conjugal.

   CONTEXTO HISTÓRICO DO ADULTÉRIO O Adultério vem sendo cometido desde os tempos mais remotos. Em todas as civilizações encontramos,seus vestígios, houvesse ou não, nas mesmas, poligamia ou poliandria. O Adultério tem sido considerado um crime e, como tal, punido. Jamais,porém, se castigou de igual forma o Adultério da mulher e o do homem, variando o rigor da pena de acordo com o grau de importância que tinha uma mulher na sociedade. Assim Plutarco nos conta que, Esparta, o legislador Licurgo não condenava o Adultério da mulher, alegando que, se esta abandonava o lar em busca de felicidade, teria seus motivos.  Assim sendo, tal problema dizia a respeito não ao legislador e sim ao marido. Ao contrário, em Atenas, a mulher adúltera dar, tal como seu cúmplice, a morte. Em Roma manteve-se nas épocas de decadência, o delito de adulterio não fosse severamente castigado. Contudo, Constantino voltou a puni-lo com todo rigor, como nos tempos primitivos. Na Idade Média, a figura jurídica do Adultério sofreu uma curiosa ampliação: era comparado ao casamento de um judeu, sujeitando os culpados a idênticas consequências.

 Quanto à Espanha,distinguem-se duas épocas: a visigoda e início da Idade Média, e a Idade Média propriamente dita.  Entre os visigodos, a mulher desempenhava o papel superior ao que ocupava na sociedade romana.  Daí o terem sido castigado esses tipos de delitos com certa compreensão.  O mesmo aconteceu no início da Idade Média, onde era grande a influência do anterior direito visigodo. Assim na Espanha,  o "Fuergo Juzgo " condenava a adúltera a apenas perder os filhos,  e o "Fuergo Real " determinava que os bens da mulher passassem aos filhos.  Esse conceito  nada cruel das relações sexuais muda com aparecimento de "Las Partidas" ,código profundamente marcado pelo direito romano e pelo cristianismo.  A pena normal para a mulher adúltera eram além dos açoites a reclusão perpétua num covento. Foi justamente esse caráter infamante do adulterio o que substituiu na legislação espanhola , variando os castigos ,apenas, segundo na época.

      CAUSAS DO ADULTÉRIO
As possíveis causas do Adultério são numerosas e de diversas origens. Vamos enumerar as que consideramos como principais e que atuam, hoje ,em nossos lares como forças centrífugas dos mesmos.

Uma das mais importantes se baseia na constituição do lar. O casamento é um conjunto de exigências que se sublima a realização do "nós".
 Isso pressupõe maturidade sexual,amor ,entrega e falta de egoísmo e egotismo. A inexistência de algumas dessas importantes condições pode ser a causa de adulterio ,tanto por parte do homem quanto da parte da mulher.
    Diz Søren Kierkegaard, a propósito da maturidade,que o "Amor tem muitos mistérios e que a primeira paixão é um deles". Talvez seja a maior,porém a menos duradoura. Na juventude, a ama-se mais às mulheres do que a mulher. Isso concorda plenamente com o que afirma Marañon em seu estudo sobre Don Juan,  quando diz que tanto o homem quanto a mulher sofrem por um processo de seleção, até que chegam a preferir só um tipo de homem ou mulher.  A poligamia é instintiva se vai convertendo em monogamia. Devemos,porém lembrar-nos que este processo de seleção não opera apenas na mente ,mas também na prática,  e que só por meio dos anos e do mais profundo conhecimento das pessoas do sexo oposto se atinge tal meta.


A confusão entre amor e paixão pode ser também, em grande parte,uma das causas do Adultério. Pois se o casamento não é antietico do amor, é da paixão.  O homem em geral, quer mais do que ama a mulher. O amor exige um cuidado constante contra a rotina. Goethe diz que "O quarto em comum dos esposos é o assassinato do amor" . Outros autores opinam contrariamente, porém não deixa de ser um fator de rotina. É preciso manter esse "cuidado constante",esse interesse pela vida e pelos problemas do outro ser, o respeito unido a cordialidade mais íntima.  Não nos esqueçamos de que a amizade amorosa encontra mútua relação sexual e extra-sexual possibilidades infinitas. Essa solução, naturalmente,  apresenta muito mais dificuldades nos meios proletários nos burgueses, já que o operário, meio de evitar desgastes suplementares. Por tudo isso devemos concluir que tomarmos o caminho do casamento como válvula de escape dos simples desejos instintivos, é mais fácil chegar ao fracasso.

Acredita George Hirtk que 90 por cento dos casais "ilegais " que se realizam em nossa sociedade ocidental baseia-se no interesse. É lógico, pois, pensar que serão inúmeros cônjuges desse tipo de casamento que,uma vez alcançado a forma egoísta, não vejam inconveniente em se chegar ao adulterio.  É grande o número de mulheres que considerava  a vida irremediavelmente frustrada, fora do contrato manitrimonial. Por isso,passada uma certa idade essas mulheres "buscarão " um homem para se casar. Se assim procedem,fazem-no condicionadas à concepção com que a própria sociedade encara o problema,pela segurança econômica que o casamento pode proporcionar a mulher ,na maioria das vezes,dela necessitada. Não esqueçamos de que o dinheiro, que em toda a História tem representado um papel preponderante, continua aumentando sua importância nas sociedades atuais. Tal fenômeno só poderia ser atenuado,talvez, com a independência econômica da mulher e sua entrada definitiva no mundo dos negócios e não apenas em lugares subalternos. Outras causas de adulterio são a personalidade biológica dos cônjuges e a convivência social. Assim na opinião de Caprio, a mulher infiel habitual costuma a ser psicopata indiferentes a qualquer consideração moral,ou uma mulher submetida a pressão de um conflito profundo,consequência talvez da incapacidade sexual do marido,impotente ou sexualmente viciado,ou dos maltratos infligidos por certos neuróticos.  Tanto quanto as neuroses, o alcoolismo desempenha também um papel importante. Outra causa muito freqüentemente da infidelidade conjugal é a excessiva "absorção " do marido pelos negócios na vida moderna.  O ativismo da mulher impele-a a despertar no homem o desejo de possuí-la.  Impossibilitada de cumprir seus designos biológicos, procura a melhor maneira de atrair o homem, e assim satisfazer parcialmente seus instintos . Tudo isso se exprime pelo coquetismos constantes e pelos flerte se que podem ser início de um Adultério posterior. O coquetismo é ,muitas vezes, indícios de frustração sexual,que serve para convencer a pessoa de que ainda é capaz de interessar por outras do sexo oposto.


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