quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O Amor segundo os Pensadores.

O Amor segundo Platão 
 Para esse filósofo grego,amar é o desejo de se unir ao belo no sentido em que Ortega específica, isso é, de perfeição. Para os gregos, beleza e perfeição eram conceitos semelhantes, o que é demonstrado por suas esculturas na extrema prorpocionalidade que tem todas as partes do corpo humano. Por isso ,a definição de Platão sobre o amor não é tão ingênua como pode parecer a primeira vista. A idéia fundamental reside em que existe um desejo de se unir a todo o ser que pareça dotado de alguma perfeição, seja ou não real ,isto é,  marcadamente subjetivista e em consequência independente da realidade que o rodeia.
  Se o ser ama a perfeição, amará a alma, a qual ,por sua vez ,fará com que se desencadeia todo processo erótico, ao mesmo tempo no sentido espiritual e físico. Apenas iniciado esse processo, o amante sente a necessidade de dissolver sua individualidade na do outro ser vice-versa , absorver na sua a do ser amado. Quando este amor é compreendido e apreendido ,culmina com o nascimento de um filho,que simboliza união e é fruto da perfeição do ser.



O amor segundo Stendhal 
Esse moralista francês compara a mulher com um ramo jogado nas Minas de Salzburgo , que no dia seguinte aparece transfigurado, pois se cobriu de cristais irizados que tornam cativante. Seguindo esse paralelismo, diz o autor que a mulher amada, se vão acrescentando surpeposições imaginárias que, acumulando-se sobre a imagem nua, a vão enrriquecendo a suma perfeição.  Embora esse conceito pareça semelhante ao de Platão, pois em ambos está radicada a perfeição, o de Stendhal é muito mais materialista, pois circunscreve ao corpo da mulher, o que torna mais fácil a si.

Para Stendhal o corpo de uma mulher nua é que desperta o desejo e o amor de um homem.

O amor segundo Ortega Y Gasset 
Sob o termo amor se implicam numerosas diferenças e possibilidades: amor filial, amor a arte ,amor a uma mulher. ...Não obstante, há numa nota comum em cada um desses diversos particularismos, apoiada na atividade sentimental que a figura em todos eles e é dirigida para um objeto, que pode ser qualquer pessoa ou coisa. Ortega diferencia ,e com razão, amor e desejo.Diz que quando se tem sede,deseja-se um copo de água, porém que não se oama. Nascerão desejos de amor,porém o amor em si não é desejar. De forma que,entre eles,existe uma diferença de "momento" 



"José Ortega Y Gasset 1883-1955 filósofo e jornalista espanhol."(Foto)


O amor segundo Hesnard 
Esse autor tenta, como muitos outros esclarecer
a problemática do amor psíquico ou platônico. Neste último conforme vimos o amor espiritual se transformava em física.

Hesnard,presidente da sociedade francesa de 
Psicanálise,  afirma que,no macho,os desejos físicos são no princípio auto-eroticos posteriormente, vão se exteriorizando em sua finalidade,para terminarem se afirmando com evidência do mesmo modo que os processos da vida orgânica. Pelo contrário, os desejos de ordem psíquica são muito mais oscilantes e variáveis em suas manifestações,  e frequentemente passam inadvertidos. Segundo esse autor, tais desejos psíquicos são mais precoces, e se antecipam, ainda que de forma dissimulada,aos físicos. Em seguida, com o progressivo desenvolvimento do homem,terminam fundindo-se para construir a sexualidade definitiva.


Uma consequência prática que se deduz dessa argumentação é a razão do diferente comportamento sexual do homem e da mulher. Nesta o desejo psíquico é muito mais retardado,precisamente por estar mais desenvolvido corporal, do que a puberdade. Posteriormente,porém, o homem não só alcança como quase sempre a ultrapassa.


"Ângelo Lois Marie Hesnard 1886-1969 Médico ,e Psicanalista francês ,nessa foto, Hesnard exibe seu uniforme de soldado durante sua participação da primeira guerra mundial "


O amor segundo Marañon 
O ilustre humanista espanhol parte do fato de que 
a criança, em sua infância, não faz distinção entre os dois sexos. Só mediante uma evolução gradual vão se separando homen e mulher ,fato que costuma ocorrer na puberdade.  Em seguida, para obter o ser amado, o homem tem igualmente de atravessar todo um processo de amadurecimento, até preferir um determinado tipo de mulheres, o que costuma ocorrer quando ele alcança a idade de 23 a 25 anos. Finalmente, nesta determinada classe de mulheres, deverá encontrar o que satisfaça seus apetites sexuais e morais. Segundo sua tese ,essa mulher será o tipo parecido à sua mãe, de modo que seria a idealização desta.


Sobre o sexuais modo de homens e mulheres, Marañon diz que "provavelmente a notória desproporção entre o sexualismo do homem e o da mulher, que faz com que esta seja normal e tão espontaneamente moderada no amor, coincide com o fato de que a fêmea humana costuma dispor de menor poder de imaginação que o macho. A natureza, assim o quis ,com acerto e previsão, pois caso contrário,  e se a mulher dispusesse de tanta fantasia quanto o homem, o mundo teria sido submergido pela lubricidade.



"Gregório Marañon y Posadillo 1887-1960 ,médico 

endocrinologista e Filósofo humanista"

Amor Livre 
Expressão imprópria pela qual designam as relações sexuais afetivas ou sexuais, livres de laços e regras civis ou religiosas.

Na realidade, nunca existiu nem jamais existirá um amor completamente livre,nem jamais existirá um amor completamente livre, nem do ponto de vista pessoal nem social. O amor permanecerá sempre submetido a certas exigências biológicas e psicológicas que definem e limitam as possíveis experiências do indivíduo que, como criatura pertence ao mundo onde se desenvolve,não pode jamais abstrair-se de forma absoluta das condições sociais objetivas em que encerra sua existência.

O amor livre corresponde,pois a um conceito limite que jamais teve uma realidade histórica, porém que toma como um ideal com o objetivo de tornar menos rígidas as fronteiras de qualquer espécie e para que não tente fazer das relações sexuais e afetivas um círculo fechado.


"Obra do Pintor Titto de Vênus sendo seduzida por cupido."


Sigmund Freud e o amor homossexual.
Afinal, como brilhantemente apontou Freud, se vamos nos indagar sobre as causas da homossexualidade, é igualmente pertinente nos indagarmos sobre quais são as causas da heterossexualidade, já que "[...] o interesse sexual exclusivo do homem pela mulher é também um problema que exige esclarecimento, e não uma evidencia indiscutível que se possa atribuir a uma atração de base química".

Singmund Freud nunca considerou o homossexualismo como doença,mas como uma espécie de amor a uma pessoa de mesmo sexo por opção de escolha.

Tais essas escolhas que satisfaça as fantasias sexuais e suprima as necessidades do homem. 




"Singmund Freud 1856-1939 psicanalista e neurologista austríaco ".

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